Ao longo da vida encontramos tipos e tipos de amizades. Eu particularmente já tive amigos que não eram amigos e duraram muito tempo; também amigos verdadeiros por um momento, mas que quando foram embora por muito pouco me fizeram ver que era só ilusão; tive os que em pouco tempo foram tão rápido quanto vieram, e por ai vai...
Dentre tantos nomes e histórias eu honestamente só lembro de meia dúzia, ou menos; posso considerar uns três como parte da família que construí. Agora eu percebo a ironia que a vida é... Alguns que ficaram por muitos anos não mereciam dois segundos e os que são minha família vão seguindo suas vidas e eu a minha, em caminhos diferentes sempre.
Sabe, essas amizades que eu não vou deixar fácil assim, sei que vão continuar; porque mesmo estando distante uma família é sempre uma família, não se separa, não é?
É, mas a distância vai machucar, isso é evidente. Machuca só de pensar em quanto momentos nunca se repetiram e nem terei mais momentos parecidos, é complicado não conviver mais com pessoas que me fizeram tão feliz por inúmeras vezes.
Às vezes tenho medo. Essa incerteza, insegurança total do futuro dessas pessoas e do meu, essa sensação se querer prendê-las numa caixinha para ficar comigo para sempre mas ao mesmo tempo saber que isso é ridículo e o bem, a história da vida que elas mesmas terão que construir importam mais. A vida tem rumos diferentes para cada um, e com todas as forças eu torço para essas pessoas serem felizes, só que será eu eu poderei estar por perto nos momentos de felicidade? Poxa, eu espero de verdade que sim. Eu quero vê-las crescer como quero que meu próprio irmão cresça. Mas... a sensação fica. Tenho medo das pessoas mudarem e jamais ter aqueles tempos felizes ou aquela pessoas maravilhosas por perto, nem uma vezinha mais. Tenho medo de perder a família que eu escolhi e amo tanto quanto a que Deus escolheu pra mim.
Normalmente eu gosto de mudanças, porém serão tantas, mas tantas... Eu não quero que nada mude agora, foi muito pouco tempo. No total foram dois anos ou menos, eu queria mais, muito mais. A convivência mais divertida que eu tive na vida, e vai embora tão rápido...
Hoje, depois de uma "reunião" com um professor muito querido- onde falamos da palavra de Deus, ouvimos músicas, lemos trechos da Bíblia e comentamos sobre estes- minha "irmã adotiva" começou a chorar e quando fui abraçá-la e ela me fez dar conta do pouco tempo que temos até o final do ano já foi o suficiente para eu chorar também. Aí veio minha "amiga chaveirinho" e eis que estávamos as três a chorar, cada uma vai pro seu canto no próximo ano, as duas amigas mais importantes na minha vidinha vao seguir seus caminhos, que por sinal são nada parecidos com os meus.
Passei a aula de química tooooooda chorando e tentando fazer meu "chaveirinho" se acalmar. Então chegou a vez da aula de português...
Vou colocar aqui dois texto grandes que a professora leu para nós e me fez refletir. É nesses textos que estou me apoiando para ser mais otimista e mais corajosa com essa nova situação.
Apaixone-se
Apaixone-se definitivamente pelo seu sonho, o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu.
Apaixone-se pelo seu talento mesmo que seu senso crítico insista para você escolher realizar outras coisas mais convenientes.
Apaixone-se mais pela viagem do que pela chegada a seu destino, a primeira é garantida.
Apaixone-se pelo seu corpo mesmo que ele esteja fora de forma, pois de "qualquer forma" ele é a única casa que você possui.
Desapaixone-se de seus medos, eles minam sua alegria de viver.
Apaixone-se pelas suas memórias mais deliciosas, ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor.
Apaixone-se por aquelas besteiras saudáveis que passam por sua mente entre um e outro momento de estress, eles ajudam a sobreviver.
Apaixone-se pelo sol, ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer.
Apaixone-se por alguém, não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança.
Apaixone-se pelo seu projeto de vida, acredite, não dá certo fazer isto a dois.
Apaixone-se pela dança da vida que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesas nós teimamos em algemar.
Apaixone-se mais pelo significado das coisas que você conquistar do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por suas ideias mesmo que tenham dito que elas não serviam para nada.
Apaixone-se por seus pontos fortes mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro.
Apaixone-se pela idéia de ser verdadeiramente feliz, felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores.
Apaixone-se pela música que você pode ser para alguém.
Apaixone-se por ser humano!
Apaixone-se definitivamente por você!
Apaixone-se rápido!
O poder de decisão só pertence a você!
Entregue-se ao imprevisível e encontre o amor!
Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim, ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível...
Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem.
No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma conseqüência é revelada antecipadamente. O futuro é totalmente incerto.
E apesar de tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias!
Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo tempo, tentando obter certezas. As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer.
Será que ele me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que se ficar sozinho? Será? Será?...
O que será, eu responderia com muita tranqüilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará! A pergunta correta é: “Eu quero?” Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, essa simples perguntinha, teremos previsto qualquer possibilidade.
Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade; não uma garantia; nunca uma certeza! Podemos vivê-lo conforme nossa vontade, de acordo com nosso coração ou... passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto!
Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou seremos felizes. Jamais saberemos do amanhã ou do outro.
Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos!
Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para vida inteira. Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer... simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade!
E digo mais: só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível; quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos.
Portanto, para todas as pessoas que têm me perguntado sobre qual é o “segredo” para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito este momento para responder: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena. Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade.
E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor! E quando penso que essa entrega é realmente difícil, me lembro de uma frase que gosto muito:
"Se o seu problema tem solução, relaxe... ele tem solução.
E se o seu problema não tem solução, relaxe... ele não tem solução!"
É uma frase engraçada, mas muitíssimo sábia. Portanto, quando estiver doendo muito, não resista! Simplesmente relaxe e aceite, pois a resposta virá!
Beijos gente, até mais
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