domingo, 17 de outubro de 2010

Por que a galinha atravessou a rua?

Porque ela tinha escolhas e decidiu atravessar.

O texto dessa vez vai falar sobre isso: escolhas e decisões.

Acho que às vezes não notamos que nossas vidas são feitas de escolha (isso ta parecendo slogan, percebeu?).

É a pura realidade... As escolhas preenchem nossos dias desde o acordar até o adormecer. Um exemplo... Quando acordamos temos duas opções (levantar ou continuar deitado), certo? Então, se decidir levantar, terá um dia inteirinho pela frente: escola, trabalho, ver os amigos, se divertir, tudo que várias outras escolhas vão fazer você viver. Se não levantar, pode perder o horário pro colégio ou trabalho, levar um esporro do seu pai ou sua mãe, ficar de mau humor e daí em diante o que vai fazer do seu dia depende de outras escolhas.

É uma questão até lógica, mas que passa despercebida.

Só notamos os ‘poderes’ das escolhas e das decisões que tomamos em três situações:

  1. Quando tiverem de ser feitas às pressas;
  2. Quando representam algo realmente muito importante;
  3. E quando dão errado.

Os outros casos acabam não sendo notados... Mas é com detalhes que a vida segue mudando de curso todo tempo. ;)

O mais engraçado é quando culpamos outros pelas nossas escolhas. Se decidiu fazer algo que o outro lhe impôs, foi escolha SUA. Se não fez, escolha SUA do mesmo jeito.

Depois, quando o arrependimento bate à porta, não adianta dizer: “Eu fiz isso porque me senti pressionado”. Peraí, né... Afinal, deixar-se pressionar e acolher esse sentimento também não foi uma escolha?

Decisões e indecisões estão sempre ligadas à pressão. É algo natural.

Quando cabe a você decidir algo importante, como aceitar um pedido de casamento [exemplo mais óbvio que encontrei] está implícita uma pressão. Da família, do companheiro, da própria sociedade, de você mesmo. E aí, se decidir errado, vai por a culpa em quem? Quem disse o “sim” foi você, lembre-se disso.

Só para constar, por pura curiosidade: na mitologia há até um deus para isso.

Então já temos alguém para sempre colocar a culpa, uhul!

Jano (em latim Janus) foi um deus que deu origem ao nome do mês de Janeiro.

Era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. De fato, era o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, e toda porta se volta para dois lados diferentes.Por isso é conhecido como "Deus das Portas".

Também era o deus das indecições, pois na mitologia se o encontrase uma cabeça falava uma coisa e a outra cabeça falava outra coisa.

Em certos casos há a opção “Voltar”.

Honestamente, eu acho impossível tomar essa decisão de voltar atrás no que fez ou falou se procurar o erro apenas na outra pessoa.

Não podemos culpar ninguém pelas nossas decisões, não podemos dizer que foi por culpa da pressão e não podemos sentar e suportar as conseqüências dos nossos erros sem nem ao menos tentar consertá-los. Consertar não faz as coisas serem como antes, mas demonstra que teve humildade de reconhecer que fez uma escolha errada, isso pode resultar numa nova chance, num perdão ou então uma consciência mais limpa... Mas como qualquer decisão, terá conseqüências, isso é certo.

Em resumo... Eu diria para tomar cuidado com as escolhas que faz; desde aquelas que aparentemente não causarão danos até as mais graves. Também aconselharia a não tentar encontrar culpado pelas escolhas que fez, e sim arcar com as conseqüências; caso não sejam conseqüências satisfatórias, voltar a trás pode ser uma opção a ser avaliada.

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